Campo da Liga em Sabará em péssimo estado de conservação

Sem muro, grama coberta pela terra, vestiários, alambrado em péssimos estados e ausência completa de funcionários para manutenção do local. Esta é a atual situação do Campo da Liga de Sabará.

Há mais de 50 anos o Campo da Liga serve de referência para o sabarense quando o assunto é futebol. Criado pela própria comunidade, o espaço passou a abrigar também a sede da Liga Municipal de Desportos de Sabará.

A Liga existe há 75 anos e é encarregada de gerir os campeonatos de futebol no município. Atualmente, Sabará possui 74 times, divididos em várias categorias, que constantemente estão participando de campeonatos municipais e alguns de campeonatos regionais e estaduais, como a Copa Itatiaia e o Torneio Corujão.

Luiz Bolero, presidente da Liga, explica que a entidade não tem como manter o campo, pois o recurso que recebe fica muito aquém do valor necessário para dar manutenção no espaço. Ele explica que o verba repassada pela Prefeitura que é de R$ 140 mil por ano, é quase que totalmente gasta com arbitragem nos jogos que são realizados. A Liga realiza cerca de 360 jogos por ano, cada jogo conta com um trio de arbitragem ou ao menos com um árbitro, cada trio fica em torno de R$ 380. A maior parte da verba para manter a Liga vem dos times associados que pagam uma taxa de R$ 25, por mês. O presidente diz que esse valor é para administração da Liga, não sobrando nada para o Campo.

A única forma encontrada para o Campo da Liga gerar verba seria com o aluguel do espaço, mas segundo Bolero atualmente apenas uma turma joga no local semanalmente e paga um aluguel. Ele diz que outros grupos deixaram de frequentar justamente devido à condição do campo, tanto do gramado quanto da estrutura geral que perdeu muito com a queda do muro.

Há cerca de dois anos o muro caiu, o presidente responsabiliza a empresa, J.Câmpara, responsável pela construção da Avenida Central, pela queda. Segundo ele, para nivelar a avenida, a empresa jogou terra ao lado do muro o que fez com que ele caísse. O presidente diz ainda que durante as obras o engenheiro responsável garantiu que o muro seria refeito, mas isso não aconteceu. Bolero ressalta que a prefeitura está interessada em resolver o problema, por isso já está em negociação com a empresa para que ela execute o projeto de reconstrução do muro.

Além dessa obra, Bolero espera apoio da prefeitura para outras mudanças no local, como pequenas reformas, pintura e parte hidráulica, e principalmente a troca do gramado, podendo investir em um novo sistema de irrigação ou a colocação de grama sintética, que seria ideal, pois assim diminuiria os gastos com a manutenção. Ele diz que trocando o gramado, além de diminuir os gastos, poderia gerar recursos, já que o espaço voltaria a ser alugado, poderia ser usado para aulas de futebol e outras atividades.

Entramos em contato com a J.Câmpara, mas até o fechamento dessa edição a empresa não havia nos respondido.

Via: folhadesabara